quinta-feira, 29 de março de 2012

EduDICAS

Hoje transcrevo um texto do EduDICAS - C.3c's - Centro para o Consumo Crítico e Consciente...ir a butes é uma das medidas :)

(i)mobilidade – mexe-te para te moveres de forma ECOLÓGICA

O automóvel em Portugal
De acordo com dados divulgados pelo gabinete comunitário de estatística, em 1990 existiam no País 258 automóveis por cada mil habitantes, o que colocava Portugal claramente abaixo da média da União Europeia (355). Em 2004, porém, o rácio passou para 572, fazendo saltar o País para o terceiro lugar da tabela europeia, liderada pelo Luxemburgo (659) e pela Itália (581). Os números do Eurostat revelam ainda que Portugal foi o terceiro país onde mais cresceu o número de viaturas entre 1994 e 2005 : 135%, que compara com uma média europeia de 38%.

-) Anda a pé e/ou de bicicleta.
Portugal é um dos países da Europa com maior quantidade de automóveis por habitante. O que não deixa de ser curioso considerando, por exemplo, que o nosso clima até é bem menos chuvoso ou frio do que a maior parte dos outros países da Europa, nomeadamente os países nórdicos. Paradoxalmente, uma grande parte das deslocações efetuadas de automóvel referem-se a distâncias de curta e média distância. Isso significa que poderiam perfeitamente ser efetuadas através de meios de transporte de baixo ou nenhum impacto ambiental, como a bicicleta ou a própria deslocação pedonal. No entanto aparte de todos os aspetos práticos, a utilização do automóvel tem também uma enorme componente cultural. O automóvel é um sinal de estatuto e emancipação social. Como a cultura é felizmente algo em constante transformação, porque não começarmos desde já a mudá-la no sentido dela própria ser muito mais ECOlógica? Nesse sentido se pudermos evitar ou pelo menos reduzir a utilização do automóvel estaremos a produzir benefícios não só para o planeta (por toda a quantidade de gases poluentes libertados, por toda a dependência relativamente a uma fonte energética com um elevado impacto ecológico e social como é o petróleo) mas também para nós próprios. É uma forma de tornarmos o nosso estilo de vida menos sedentário, mais económico e é uma oportunidade de vivermos e sentirmos “o espaço”, a “cidade” sem ser de dentro de uma lata poluente ;O) Podes começar, por exemplo, por selecionar um ou dois dias por semana “sem carro”. Toca então a dar uso às pernocas e faz-te à estrada … de bicicleta! (ou patins ;O)

-) Partilha do automóvel – sistemas de boleias partilhadas
Sabias que a maioria dos automóveis circulam com apenas um passageiro? Muitas vezes o número de pessoas que se desloca para o mesmo local (de trabalho ou de estudo) é bastante elevado, mas cada pessoa desloca-se no seu próprio automóvel. Nesse sentido existe um enorme potencial de otimização de recursos no sentido das pessoas poderem aprender a cooperar e partilhar. Existem já alguns locais onde funcionam sistemas de partilha de boleias. Várias pessoas juntam-se em função dos trajetos a percorrer e organizam-se de forma a otimizar a utilização dos veículos. Para além de possíveis benefícios em termos de socialização e de podermos tornar as deslocações mais “humanas”, há um enorme benefício por cada viagem de automóvel que se evita dessa forma. Há até algumas empresas que possuem um autocarro próprio responsável por ir buscar e depois levar os trabalhadores de casa para o local de trabalho e vice-versa. Uma outra possibilidade, ainda mais arrojada, é a própria partilha da posse de automóvel. Por vezes não utilizamos o automóvel todos os dias e sendo um recurso cada vez mais dispendioso (manutenção, arranjos, combustível) não temos que ser proprietários exclusivos do nosso próprio automóvel mas podemos, por exemplo, partilhar a sua posse com familiares ou amigos, através por exemplo de uma escala de utilização.

-) Transportes públicos
A generalidade das políticas de (i)mobilidade são estruturadas em função do transporte automóvel individual. Portugal em particular é um dos países da Europa com maior quantidade de km de auto-estrada por habitante. O que está por detrás é um modelo de suposto desenvolvimento baseado na construção em massa da grande rodovia ao mesmo tempo que se vai eliminado o meio de transporte mais seguro, ecológico e até económico que existe: o comboio. Os próprios transportes públicos urbanos (não só a ferrovia) têm sofrido um enorme desinvestimento e um processo de privatização que o torna cada vez mais num negócio e cada vez menos num direito verdadeiramente público. Nesse sentido é fundamental um movimento coletivo de cidadãos no sentido de exigir a proteção de um direito básico de todos os indivíduos: o direito a uma mobilidade confortável, económica e ecológica. O direito a um serviço público de transporte. É fundamental as políticas de mobilidade serem alteradas e as cidades, por exemplo, voltarem a ser das pessoas, das crianças, da Natureza e cada vez menos do asfalto e dos automóveis. Junta-te a movimentos ecológicos e sociais que trabalhem nesse sentido. Junta amigos e criem movimentos ecológicos e sociais que trabalhem nesse sentido. O espaço público é de todos nós, e de ninguém em particular, vamos lutar para que de facto assim seja. De cada vez que utilizas o transporte público estás também a apoiar esse modelo de transporte.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Mas eu a ti não te fazia uma festa...

Hoje ia no metro uma senhora com um cachorrinho, um filhote de pitbull, ainda com dentição de leite! Lindo de morrer...outra senhora aproximou-se e perguntou:
-"Morde?", ao que dona respondeu:
- "Morde, pois!".
A pouco corajosa dama deu um salto para trás, assim meio horrorizada, ao que a dona do cão reagiu com um:
- "Mas eu também mordo...tenho dentes, não tenho?"

A resposta da outra não veio, mas ficou no ar :)

quinta-feira, 8 de março de 2012

Não sei se é de mim...

mas na viagem entre casa e metro, por entre as paisagens urbanas da Bacia Leiteira (sim, é o nome oficial) e ao olhar em meu redor, dei-me conta...já cheira a Primavera.

A temperatura amena, as cores e os cheiros, e o fantástico ruído da vida...e sem qualquer esforço surgiu um sorriso genuíno!

terça-feira, 6 de março de 2012

Para isto mais valia não ter chovido...

" (...) pois, porque choveu, ficamos a pensar que, pronto, já estava, despreocupamo-nos, tomamos um daqueles banhos que rebenta com as reservas de qualquer barragem e afinal, nada! Continuamos sem chuva e de consciência pesada".
E com a bela da conta da água para pagar, digo eu!
Cada viagem é um momento de cultura :)